Em discurso contundente na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (21/07), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a criticar duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e classificou como “tirania” as decisões judiciais que atingem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o parlamentar, o Brasil vive um momento de “ameaça à democracia” e de “perseguição política”.
Durante a fala, Nikolas comparou a situação de Bolsonaro — impedido de participar de eventos políticos e obrigado a usar tornozeleira eletrônica — com a de criminosos condenados como Suzane von Richthofen, Champinha, Marcola e Fernandinho Beira-Mar. “Todos esses puderam dar entrevistas presos. Enquanto isso, Bolsonaro, ex-presidente da República, não pode sequer estar aqui por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Que tipo de liberdade estamos construindo?”, questionou.
O deputado afirmou ainda que mães e avós foram presas por participar dos atos de 8 de janeiro sem sequer cometer crimes violentos. “Estão pagando um preço desproporcional”, declarou, criticando o que chamou de “silêncio cúmplice” da OAB, da imprensa e de parte do Congresso Nacional.
Nikolas também relembrou o caso do ex-deputado Daniel Silveira, preso após atacar o STF em vídeos. “Ele avisou há quatro anos o que estava por vir. E ninguém ouviu”, disse.
Em tom alarmista, o parlamentar alertou para o que considera uma escalada autoritária no país: “Se isso aconteceu com um presidente da República e com deputados eleitos, o que será do cidadão comum?”.
Ao defender Bolsonaro, Nikolas exaltou a atuação do ex-presidente durante a pandemia e criticou o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “canalha”. “Lula enganou os mais pobres, prometeu o que não podia cumprir e hoje entrega um país quebrado. Enquanto isso, Bolsonaro é o símbolo da integridade. Não desviou bilhões, não tem condenação por corrupção”, afirmou.
Por fim, o deputado disse que sua luta não é apenas por Bolsonaro, mas por todos os brasileiros. “Estamos aqui defendendo a liberdade, inclusive a sua, jornalista de esquerda. Porque ser idiota não é crime. Se fosse, Dilma já estaria presa”, ironizou.
Nikolas encerrou o discurso prometendo intensificar a atuação da oposição nas próximas semanas. “Vamos elevar o nível desse jogo. Não vou dizer como, mas o que está em jogo é o futuro de gerações”, concluiu.
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