O governo dos Estados Unidos sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, que é usada para punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou cometer corrupção em larga escala.
A decisão foi publicada nesta quarta-feira (30/07) pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano. Com isso, todos os bens que Moraes possa ter nos EUA foram bloqueados, e qualquer empresa ligada a ele também está impedida de operar no país. Além disso, o ministro está proibido de fazer transações com cidadãos ou empresas americanas, como o uso de cartões de crédito internacionais, por exemplo.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de liderar uma “caça às bruxas” contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo empresas e cidadãos americanos e brasileiros. Ele também afirmou que o ministro conduz uma “campanha opressiva de censura e detenções arbitrárias com motivação política”.
Recentemente, o governo americano já havia cancelado vistos de ministros do STF e parentes, e Moraes foi citado nominalmente. A medida teria ligação com o processo que corre no Supremo contra Bolsonaro por tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliam a sanção como um sinal claro de que o governo Trump quer pressão total contra quem investiga Bolsonaro, apontando para um possível desgaste nas relações entre os dois países.