Médicos que atuam nas principais unidades de saúde da rede estadual da Bahia iniciaram, à 0h desta quinta-feira (31/07), uma greve por tempo indeterminado. A paralisação atinge profissionais das maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino, além do IPERBA, Hospital Geral Roberto Santos e Hospital Geral do Estado (HGE).
A decisão foi tomada em assembleia convocada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA) no último dia 24, em protesto contra o desligamento de médicos celetistas vinculados ao Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
De acordo com o Sindimed, a greve impacta os atendimentos de fichas verdes e azuis — casos de menor urgência — e os procedimentos eletivos, como consultas ambulatoriais e cirurgias programadas. Os serviços de urgência e emergência seguem funcionando normalmente.
O sindicato também comunicou que está respeitando todos os trâmites legais exigidos para deflagração do movimento e fez um apelo à categoria para que observe os artigos 48 e 49 do Código de Ética Médica, que tratam da sucessão de profissionais desligados por represália e da preservação da unidade da classe médica.
Em nota enviada ao Informe Baiano, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) repudiou a comunicação do sindicato, classificando-a como “alarmista” e “desinformativa”. A pasta afirmou que não haverá descontinuidade na assistência à população, já que empresas contratadas continuarão prestando os serviços nas unidades afetadas.
A Sesab informou ainda que participou de reunião no dia 24 com o Sindimed, o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, onde apresentou alternativas para a contratação dos profissionais, como credenciamento por pessoa jurídica e novos editais celetistas. Parte dos médicos já teria migrado de vínculo sem prejuízo aos atendimentos.