A greve dos cerca de 500 médicos que atuam em cinco hospitais públicos de Salvador foi encerrada nesta sexta-feira (1º), após decisão liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que proibiu a suspensão de atendimentos e estipulou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A paralisação afetou procedimentos eletivos e o atendimento a pacientes classificados com fichas verdes e azuis no Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Maternidade Albert Sabin, Maternidade Tsylla Balbino e Hospital Roberto Santos.
De acordo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), a greve não comprometeu a vida dos pacientes, já que os casos graves e internações foram mantidos. A mobilização foi motivada pela perda do vínculo CLT de 529 profissionais, após o fim do contrato entre a Sesab e o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
O sindicato informou que, apesar da suspensão do movimento, segue cobrando soluções para garantir os direitos dos médicos, como a proposta de contratos temporários via REDA ou com empresas terceirizadas até a conclusão de novas licitações.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), por sua vez, afirmou que a paralisação representa um risco inaceitável à saúde pública e falou sobre a postura do sindicato. A pasta também destacou que houve reunião com o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado no dia 24 de julho, reforçando o espaço de diálogo.