Em entrevista nesta quinta (07/08), o deputado estadual Cafu Barreto (PSD) fez duras críticas à falta de ações efetivas diante da grave crise hídrica que atinge a Bahia, especialmente o território de Irecê. Segundo o parlamentar, o governo federal precisa sair do discurso e agir com urgência para diminuir os impactos da seca, que deve se agravar ainda mais no mês de agosto. Cafu destacou ainda que o Estado tomou algumas medidas emergenciais, que foram importantes, mas considera que será preciso fazer muito mais.
“A situação já é dramática em muitas comunidades rurais, e infelizmente a previsão é de piora. Agosto promete ser um mês ainda mais seco, e os pequenos produtores, que já enfrentam dificuldade para manter suas plantações e criações, estão à beira do colapso. A população mais carente, sobretudo nas áreas mais isoladas, também sente os efeitos de forma cruel. Falta água para o básico”, afirmou Cafu.
O deputado chamou atenção e cobrou respostas concretas. “Até agora, o que a gente viu foram promessas e mais promessas. Fala-se muito em ações estruturantes, mas nenhuma medida de impacto chegou, de fato, à ponta. O povo está cansado de esperar enquanto o tempo passa e a estiagem castiga ainda mais o nosso povo.”
Cafu também alfinetou figuras públicas que, segundo ele, usaram a seca como palanque para autopromoção, sem apresentar resultados. “Há alguns meses, teve gente fazendo propaganda e falando bonito em rede social. Mas o que ficou? Nenhuma ação concreta, nenhum investimento real. A população não quer marketing, quer água na torneira, quer suporte no campo.”
O parlamentar destacou a necessidade de medidas emergenciais, como perfuração de poços, envio de carros-pipa e reforço nos sistemas de abastecimento, mas também cobrou investimentos em soluções de longo prazo. “Não adianta só correr atrás quando o drama já está instalado. Precisamos de políticas permanentes de convivência com o semiárido, de barragens, adutoras e incentivos para quem produz, mesmo em meio à seca. O governo federal precisa assumir essa responsabilidade com seriedade e agilidade.”
Cafu finalizou a entrevista com um apelo direto: “Não é só uma questão de política, é uma questão humanitária. A Bahia, e especialmente o sertão, precisa de socorro agora. Chega de enrolação.”