Representantes de órgãos públicos, movimentos de mulheres, coletivos feministas e integrantes da sociedade civil de Salvador e da Região Metropolitana se reúnem, nesta segunda-feira (11), no Instituto Anísio Teixeira, na capital baiana, para a 5ª Conferência Territorial de Políticas para as Mulheres. O encontro, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), faz parte de uma série de conferências preparatórias para as etapas estadual e nacional, que vão definir as principais demandas da Bahia para o desenho de políticas de gênero para os próximos anos.
Secretária da SPM, Neusa Cadore detalha que a conferência territorial é parte de um processo de construção coletiva, que permite que diferentes realidades e demandas cheguem às etapas estadual e nacional. “Em julho, 167 municípios fizeram conferências municipais. Essa é uma fase de reunião de propostas, diálogo com os conselhos municipais, de criação dos organismos, em cada município, para que essa agenda seja uma agenda permanente. Esse debate que vai ajudar a construir um plano estadual e nacional para as nossas mulheres”, pontuou.
Com o tema “Mais democracia, mais igualdade e mais conquista para todas”, a etapa territorial, que acontece desde a última semana, têm seis eixos temáticos: a participação política paritária; enfrentamento às violências de gênero; autonomia econômica; saúde integral e direitos sexuais e reprodutivos; educação não-sexista, e direito ao território com sustentabilidade. Os assuntos já foram debatidos também nos encontros de Barreiras, Seabra, Riacho de Santana, Eunápolis e Teixeira de Freitas na última semana.
Atuando com uma organização da sociedade civil em Camaçari, Ana Cláudia Souza fala da expectativa com os debates envolvendo seus campos de trabalho no município. “Aqui é uma união de esforços, né? De boas ideias. Eu espero que não só o eixo do GT social, mas que todos os outros tenham acolhidas as suas demandas nas esferas federal, estadual e municipal. Juntos que vamos garantir mais justiça social para as mulheres”, avalia.
Já para Eunice Pereira, que trabalha na gestão de ações educativas da Defesa Civil de Salvador, a principal necessidade no seu campo de atuação na capital baiana é a assistência às mulheres que vivem em áreas de risco, como encostas e lugares com possibilidade de desabamento. “Meu interesse é em pensar a assistência psicossocial para as mulheres vítimas de desastres, que é uma das demandas do trabalho que realizo hoje. Então, quero justamente reforçar essa proposta junto a outras mulheres para aprovação de políticas nas conferências estadual e nacional”, acrescentou.
Até sexta-feira (15), ainda acontecerão conferências em Paulo Afonso, Jacobina, Brumado, Valença, Juazeiro, Valente, Cícero Dantas, Vitória da Conquista, Alagoinhas, Feira de Santana, Ipirá, Itabuna, Amargosa, Irecê e Governador Mangabeira. Na programação, também está a eleição de delegadas que representarão seus territórios na Conferência Estadual, que acontecerá entre os dias 27 e 29 de agosto, e na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em setembro, no Distrito Federal.
