Um grupo de pessoas voltou às ruas nesta segunda-feira (18), em Ilhéus, no sul da Bahia, para cobrar celeridade nas investigações e pedir justiça pelas mortes das professoras Alexsandra Oliveira Suzart e Maria Helena do Nascimento Bastos, além da filha de Maria Helena, a estudante Mariana Bastos. As informações são do g1.
As três foram encontradas sem vida no sábado (16), em uma região de mata próxima à Praia dos Milionários, um dos pontos turísticos da cidade. Os corpos apresentavam marcas de facadas, segundo a Polícia Civil.
Durante o protesto, que foi pacífico e contou com acompanhamento da Polícia Militar, os manifestantes entoaram louvores evangélicos e exibiram cartazes com frases como “Mulher não é propriedade”, “Parem de nos matar” e “Justiça”.
“A [Secretaria de] Segurança Pública precisa tomar uma providência. Nós não temos policiamento adequado e a gente está sendo injustiçada. Estamos aqui para clamar por justiça por essas mulheres. Minha família foi vítima de violência doméstica e isso não pode continuar”, disse Kadja Barroso, uma das participantes.
O delegado Hélder Carvalhal, responsável pelo núcleo de Homicídios de Ilhéus, afirmou que nenhuma linha de investigação está descartada. Ele informou que foram coletadas imagens de pelo menos 15 câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local do crime.
As vítimas desapareceram na tarde de sexta-feira (15), após saírem para caminhar com um cachorro na praia. O animal foi encontrado no dia seguinte, amarrado a uma árvore, ao lado dos corpos, e já está sob os cuidados da família.
Alexsandra e Maria Helena eram vizinhas, colegas de trabalho e atuavam no atendimento especializado do Centro de Referência à Inclusão, da rede municipal de ensino. Em redes sociais, as duas apareciam juntas em momentos de confraternização. Mariana, de 20 anos, era universitária e dona do cachorro que acompanhava o passeio.
No domingo (17), outro grupo também havia realizado manifestação na cidade pedindo justiça pelas mortes.