Exemplo de imagem responsiva Governo do Estado da Bahia
Informe Baiano
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ALBA concede Título de Cidadão a Jones Carvalho

A Assembleia Legislativa concedeu ontem o Título de Cidadão Baiano ao mineiro Jones de Oliveira Carvalho, ex-militante de organizações políticas de esquerda e hoje integrante do primeiro escalão do Governo do Estado. Proponente da sessão especial e da concessão da honraria, o petista Gika Lopes agradeceu aos “colegas deputados que aprovaram por unanimidade a outorga do título a Jones Carvalho, atual diretor-geral da Fundação Luís Eduardo Magalhães. Todos os aqui presentes sabem do empenho, do trabalho, do comprometimento e atuação deste homem em prol do desenvolvimento do nosso Estado”.
Na opinião de Gika, “para ser cidadão não basta apenas ter certidão de nascimento, votar, pagar impostos e obedecer leis. Cidadania é compromisso, é envolvimento e participar das decisões e ações da sociedade. É participação política, econômica, social, cultural e sobretudo ética. É justamente por essas características que hoje, companheiro Jones, você se torna oficialmente mais um cidadão baiano. Um reconhecimento pela sua trajetória em defesa de uma sociedade mais justa para os baianos”.
E foi isso o que Jones diz que buscou ao longo do seu meio século de militância política. Esta trajetória deu o tom ao discurso de agradecimento do mais novo baiano, que chegou ao estado há 38 anos, clandestinamente. “Entre a Bahia e São Paulo, optei pela Bahia”, declarou, lembrando que dois dos seus quatro filhos nasceram aqui.
“O título de cidadão faz com que eu me sinta ainda mais responsável por este Estado”, disse, relembrando as vitórias conquistadas e declinando “a sensação de quem lutou e construiu. Não apenas criticamos, fomos capazes de construir uma sociedade mais justa”, disse. Ele vê com certa tristeza a “desconstrução” que ocorre hoje no país. Mas nem isso é motivo para desestímulo. “Não podemos desistir”, diz, professando que são os desafios que o motivam as novas conquistas.
A honraria concedida ontem, na análise de Gika Lopes, “é o mais sincero respaldo ao seu amor por nossa terra. Apesar de não ter nascido na Bahia escolheu-a como sua, decidiu viver aqui, trabalhar, criou laços, constituiu uma família e colabora para o seu fortalecimento e desenvolvimento”. “Companheiro Jones”, opinou, “vivemos num mundo desigual, onde há excluídos e famintos. Nossa vida só terá valido à pena se fizermos algo para diminuir as desigualdades e construirmos um mundo melhor. Essas são suas palavras que estão impressas e representam muito seus ideais, ideais que compartilhamos, e pautamos em nosso partido e no nosso dia a dia”.
HISTÓRICO
Segundo Gika Lopes, para os “petistas, de esquerda, vivemos sempre em estado de inquietação, de movimento que reverbera em lutas constantes e renovação de esperança”. A luta, garantiu, sempre foi protagonista na vida de Jones Carvalho desde criancinha, “quando, morando em Minas Gerais, seu estado natal, viu o poste de luz de sua casa ser estourado por um homem do Exército, enquanto cavalarias espancavam e pisoteavam pessoas. Era o começo de uma ditadura militar e também o início da sua indignação com as injustiças”.
A partir daí o deputado historiou cronologicamente a vida do novo cidadão baiano, lembrando que em 1967, após contato com o movimento estudantil, tornou-se membro da Organização Revolucionária Marxista Política Operária, que tinha forte influência sobre os estudantes mineiros daquele período. No mesmo ano, ajudou a fundar o Comando de Libertação Nacional (Colina). E a partir de 1968, militou na Vanguarda Popular Revolucionária. Aos 14 anos “foi preso ilegalmente, sofreu horas de pressão, na tentativa dos militares de extrair informações. Todas essas experiências em sua juventude muito contribuíram para sua formação e definição de seu caráter”.
Jones Carvalho “dedicou-se à luta operária após formar-se em técnico químico, integrando a Organização de Combate Marxista – Leninista – Política Operária. Participou da fundação e da primeira direção provisória do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais, mas com o carimbo que lhe colocaram, tornou-se impossível conseguir emprego em Minas Gerais, o que fez com que viesse para a Bahia”.
Já em nosso Estado, continuou Lopes, foi trabalhar no Polo Petroquímico de Camaçari e militou no movimento sindical que representava os trabalhadores daquelas fábricas, “participando da histórica greve de 1985, a primeira a parar um Polo Petroquímico no mundo. Após isso, seu nome foi incluso numa lista que jamais o possibilitou voltar a trabalhar no ramo químico”.
ADVERSIDADES
Mas “Jones nunca se deixou abater, enfrentou as adversidades e continuou firme na luta. Eu sempre digo, companheiro Jones, que é por meio das adversidades que revelamos a nossa fé e a nossa força”. Em 1992 ele foi assessor parlamentar do então deputado federal Jaques Wagner, quando “acompanhou matérias importantes, como a demarcação de terras indígenas e legalização de assentamentos de trabalhadores rurais”.
Em 2001, na pasta de Planejamento, foi coordenador do Orçamento Participativo da Prefeitura Municipal de Alagoinhas, “no mandato do amigo Joseildo Ramos”, função que também exerceu em Camaçari na gestão de Luiz Caetano. Já em 2003, trabalhou novamente com Jaques Wagner, dessa vez no Ministério do Trabalho. Durante os dois mandatos do ex-governador Wagner, foi ouvidor geral do Estado, em parte desse período presidindo a Associação Nacional de Ouvidores Públicos. Atualmente é diretor-geral da Fundação Luís Eduardo Magalhães.
“Por jamais ter deixado de trabalhar pela dignidade humana e pelo bem comum, é nítido o merecimento da concessão do título de cidadão baiano a Jones Carvalho, que tantos serviços presta ao povo baiano, na luta por uma sociedade cada vez mais digna e justa. Jones, esse título é uma atitude de reconhecimento e uma homenagem a suas ações e trabalhos prestados ao nosso Estado, uma vida dedicada em promover melhorias e transformações na vida das pessoas. Parabéns Jones, e muito obrigado a todos e todas”, finalizou Gika Lopes.
O Título de Cidadão Baiano foi entregue a Jones Carvalho pela esposa Rita Menezes e pelos filhos Iara, Pedro e Cauã Carvalho. A sessão especial contou com a presença de amigos e autoridades, que assistiram a um vídeo contendo testemunhos enaltecedores sobre a trajetória de Carvalho, dentre eles o do ex-governador e hoje Secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner.]]>

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