A atriz Érika Januza vai conseguir dar a volta por cima em “O Outro Lado do Paraíso” quando a personagem que interpreta, Raquel, se tornar juíza na trama das 9.
Porém, o preconceito não fica restrito às cenas do folhetim. Na vida real, ela também já sofreu diretamente o racismo quase inerente à sociedade brasileira. Em uma das vezes, foi confundida com a empregada da casa de um ex-namorado.
“Eu toquei a campainha e estava esperando abrirem a porta para mim, quando chegou o jornaleiro e disse: ‘Já que você está aí, entrega para o seu patrão’. Olhei para ele e disse: ‘Não é meu patrão, é meu namorado, mas pode deixar que eu entrego’. E isso não tem muito tempo”, contou ao jornal Extra. Um detalhe na história: o jornaleiro era negro.
“Para ver como o preconceito, muitas vezes, está no próprio negro. E, olha, eu entendo. É tanto tempo sem representatividade, tanto tempo vendo as mesmas coisas que as pessoas começam a ficar desacreditadas que podem ser diferentes, estar em posições diferentes. E, na boa, quem nunca ouviu coisas de preconceito do próprio negro? Confesso que não consigo ter essa paz de espírito e deixar pra lá. Fico bem nervosa. Ao mesmo tempo, acho que a gente vem tomando mais consciência das coisas”.]]>