Há uma previsão de corte no Orçamento Federal de 2018 em relação ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A medida, segundo o vereador Hilton Colho (PSOL), causa incerteza e indefinição a um projeto considerado fundamental pelo incentivo à formação de professores de nível superior, para a educação básica, e por contribuir para a valorização do magistério.
Ele classifica o corte como “mais uma ação contra a escola crítica e livre do governo ilegítimo e usurpador de Michel Temer”. O programa oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública.
Atrasos
O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.
Com a ameaça de interrupção do Pibid pelo governo federal, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral têm se mobilizado para mostrar o quanto o programa é necessário para a educação brasileira. O programa está ameaçado desde o ano passado, com cortes de recursos da ordem de mais de 50% e atrasos no repasse dos recursos.
A interrupção do Pibid poderá causar, segundo Hilton Coelho, prejuízos irreversíveis à formação de professores, pois cessará a parceria de anos com a escola pública da educação básica. Além disso, reduzirá bolsas nas Instituições de Ensino Superior (IES) destinadas aos estudantes das licenciaturas, podendo contribuir para o grave problema da evasão escolar.
“O incentivo à carreira do magistério nas áreas da educação básica com maior carência de professores com formação específica é uma conquista da sociedade. E não podemos encarar como natural as ameaças de cortes. Há um ataque evidente quando se estabelece um quadro de temor e indefinição sobre a continuidade de bolsas. Prejudicadas serão as escolas estaduais e municipais em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) esteja abaixo da média nacional de 4,4, situação em que se encontram metade das escolas públicas do Estado da Bahia”, finaliza Hilton Coelho.]]>