O terreiro de Candomblé Imê Axé Omó Omin Tundê da Mãe Rita de Oxum, que fica em Ilha Amarela, subúrbio ferroviário de Salvador, foi atacado pela terceira vez no último domingo (20). Uma pedra foi arremessada para dentro da casa religiosa no momento em que era realizado um culto e por pouco ninguém foi atingido. Frequentadores disseram que uma rede que foi colocada no “Barracão” prevendo o novo ataque, já que anteriormente um objetivo lançado atingiu em cheio a cabeça de uma idosa provocando grande sangramento. Em entrevista ao Informe Baiano, o presidente da AFA-Associação de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia, Leonel Monteiro disse que “se faz necessário ações mais efetivas e direcionadas da justiça com leis mais duras e do aparelho da Segurança Pública a fim de combater e punir os responsáveis por este crime”, afirmou.
Nesta terça (22) sacerdotes e líderes de religiões de matriz africana participaram de uma reunião com o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e com o Ministério Público. Eles solicitaram a implantação da DECRADI- Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais e de Intolerância Religiosa na Bahia. “Diante do avanço da Intolerância Religiosa no Estado, a AFA articula ações emergenciais. As agressões estão acontecendo em maior número e com graves agressões físicas. A principal reivindicação é a implementação de Unidade Especializada para registro, acompanhamento e combate ao avanço da Intolerância no Estado, através de profissionais capacitados, uma vez que, há grande dificuldade no momento em que buscamos o atendimento em Delegacias”, afirmou Leonel.