Nos dois primeiros dias oficiais do Carnaval de Salvador 2018, a Prefeitura já acolheu 292 crianças e adolescentes nos quatro espaços de convivência, administrados por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). O número já se aproxima ao total de acolhimentos registrados em 2017, quando foram atendidos 340 filhos de ambulantes que trabalham na folia.
“São muitas famílias utilizando o serviço, principalmente trazendo crianças de colo. Temos 400 vagas e já ultrapassamos a metade deste número em acolhimentos. O serviço está sendo prestado com excelência e com o cuidado necessário para entreter essas crianças, de modo que não sintam muita falta dos pais durante o período em que estiverem conosco”, detalha a titular da SPMJ, Taíssa Gama.
Os quatro centros de convivência estão localizados em unidades de ensino da capital baiana. A Escola Estadual Teixeira de Freitas, em Nazaré, tem capacidade para atender jovens de 7 a 17 anos. A Escola Senhor do Bonfim, nos Barris, atende menores com idades entre 0 e 6 anos. Na Escola Municipal Casa da Amizade, em Ondina, crianças entre 0 e 6 anos são acolhidas. A Escola Municipal Oswaldo Cruz, no Rio Vermelho, é direcionada aos que têm entre 7 a 17 anos.
As unidades oferecem seis refeições diárias, banho, recreação e oficina cultural. Os espaços contam com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, educadores e bombeiro. Os acolhidos podem permanecer na unidade durante toda a festa, dormindo em quartos separados por idade e sexo.
Encaminhamento – Em outra situação, equipes de abordagem da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) registraram o caso de um adolescente de 13 anos, morador do Nordeste, em condições de abandono, próximo ao Cristo da Barra. Procurada, a mãe do adolescente, que é ambulante, informou que o menor não tem documentos de identificação, por isso não conseguiu deixar o filho em uma das unidades de acolhimento. O Conselho Tutelar foi acionado e, em seguida, o jovem foi encaminhado para o centro provisório localizado no Rio Vermelho.
Até agora, a Guarda Municipal já atuou na identificação de 2.371 crianças com pulseiras. A corporação encaminhou, desde o início oficial da folia, 10 menores para conselheiros tutelares.