“É importante essa intervenção militar no Rio de Janeiro. Até pode ser, como muitos dizem, as ‘Malvinas de Temer’. Mas nós não podemos ser contra. Nós temos que apoiar porque qualquer coisa que venha a combater a violência nós temos que apoiar”, opinou o deputado federal Félix Mendonça Júnior, que é presidente estadual do PDT.
O parlamentar baiano defendeu ainda uma “maior autonomia das Forças de Segurança”.
“Aquela diferença que a gente ver: terrorista abatido nos Estados Unidos, o policial vai ter condecorações. Aqui no Brasil, se o policial abater o bandido, vão querer saber: ‘mas ele sacou a arma? A arma dele estava carregada? Era de brincadeira?’ Olha, nós não podemos brincar”, pontuou Félix, que complementou.
“Bandido é bandido e policial é policial! Nós dependemos é da polícia, não é de bandido, não. Se tem uma pessoa com arma de brinquedo, ela corre o risco de ser alvejada. O policial não vai ficar na dúvida se ele está com a arma de brinquedo ou não. E se o policial abater, até mortalmente, ele está na função dele. Ele não pode ser prejudicado por isso”, disparou.
“O PDT inteiro votou fechado e estamos torcendo para dar certo. Até para que a gente possa voltar a visitar o Rio de Janeiro. Hoje em dia as pessoas tem medo de visitar o Rio de Janeiro. Você viu o carnaval do Rio de Janeiro? Teve até arrastão”, finalizou Félix Júnior.
O decreto do presidente Michel Temer (MDB) que determinou intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro foi aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada desta terça (20) com 340 votos favoráveis e 72 contrários. A medida também foi submetida à votação no Senado, que aprovou. Com isso, a área de segurança pública do Rio não fica mais sob comando do Governo Estadual e sim com o interventor escolhido, o general do Exército Walter Braga Netto.