Em nota enviada ao Informe Baiano nesta sexta (02/03), após denúncia de que traficantes estão ameaçando e extorquindo comerciantes, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que “a contribuição da população local através de denúncias é indispensável para o sucesso das operações policiais e solicita que o morador citado utilize o Disque Denúncia da SSP (3235-0000) ou 190 para passar mais informações sobre as situações relatadas”. A SSP afirmou ainda que “com certeza a resposta será mais uma vez dada à altura”.
A Pasta “ressalta que o trabalho das polícias Militar (40ª CIPM) e Civil (28ª DT), na região do Nordeste de Amaralina, apenas nos dois primeiros meses, resultou na prisão de 24 criminosos, a grande maioria ligada ao tráfico de drogas, homicídios e roubos”.
A SSP lembrou ainda que, “além das duas unidades locais, as Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico e a Operação Gemeos ampliam o patrulhamento de rotina na localidade. Lembra ainda que o complexo de bairros conta com três Bases Comunitárias de Segurança (Santa Cruz, Chapada do Rio Vermelho e Nordeste), que promovem diversas ações de inclusão social para crianças, adolescentes e adultos”.
Já a Polícia Militar disse que “em contato com a delegacia do bairro, a 40ª CIPM, unidade responsável pelas ações preventivas e ostensivas na região do Nordeste de Amaralina, verificou a inexistência de ocorrências registradas de ameaças a comerciantes no bairro, porém a companhia ao saber disso, mesmo informalmente, orienta às vítimas a registrarem” a ocorrência.
Ainda segundo o comunicado da PM, “independentemente do registro, o comando da PM esclarece está atento e, caso seja confirmado, envidará todos os esforços necessários para combater essas ações. Além disso, equipes do serviço de inteligência também estão no local para verificarem a veracidade das denúncias”.
Denúncia
O morador do Complexo do Nordeste de Amaralina afirmou que a “Lei do Tráfico” impera na região. De acordo com a vítima, todos os dias, vários homens estão subindo e descendo armados em plena luz do dia nos bairros do Nordeste, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz e Chapada do Rio Vermelho. A quadrilha exige dos comerciantes o pagamento de R$250 e R$500 por mês, a depender do tamanho do estabelecimento.
“Fomos obrigado a repassar nossos números de celulares, onde eles criaram um grupo de zap e ficam toda hora mandando mensagem nos ameaçando. Cadê a polícia? cadê o Estado? Meus impostos eu pago para que? Tem que ver quem é esse tal de ‘Coroa’ porque eles dizem que é a mando do ‘Coroa’”, contou e pediu anonimato.
Reféns dos bandidos, o trabalhador pede uma resposta da Secretaria de Segurança Pública.
“Cadê os policiais? Os da 40 CIPMi estão pouquíssimo e não conhecem. Os bandidos passam toda hora por eles e não ver? Cadê a Delegacia que não prende ninguém? A Delegacia aqui parece ser Delegacia Fantasma! Os bandidos, tudo conhecido e não pegam. Não prende porque? Ou vocês será que realmente querem que nosso bairro seja imputado as leis do tráfico. Socorrro”, desabafou.
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