Um terreiro de candomblé foi destruído por traficantes de drogas, na madrugada da quinta (31-05), na Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio de Janeiro. O local foi depredado por bandidos. De acordo com o jornal O Dia, a mãe de santo do terreiro, conhecida por Didi, foi expulsa pelos criminosos junto com outros filhos de santo da região. Mãe Didi pertence ao Ilê Asé Oya Omo Legy, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Outros religiosos também já foram expulsos do bairro.
“Lamentamos muito esse ocorrido, mais uma vez as religiões de matrizes africanas levam esse baque, e mais uma vez estamos a mercê da insegurança. De fato, isso vem acontecendo há muito tempo, e prova a falta de ação efetiva. Medidas sérias precisam ser tomadas”, afirmou o babalaô e interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos.
Ainda neste mês, o Centro Espírita Caboclo Pena Branca, em Nova Iguaçu, foi depredado e incendiado por criminosos. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI), o estado do Rio registrou um aumento de 56% no número de casos de intolerância religiosa em comparação aos quatros primeiros meses de 2017. A SEDHMI diz ainda que foram e 25 registros em 2018, contra 16 no mesmo período do ano passado. Ainda conforme a pasta, do início de 2017 até o dia 20 de abril deste ano, foram contabilizados 112 casos.