Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12/07), a Secretaria Municipal da Educação (Smed) da Prefeitura de Salvador acusou “um pequeno grupo de manifestantes de perfil político-partidário” de tentar “impedir a entrada de alunos, professores e gestores da rede municipal em algumas escolas”. A pasta não informou os locais, nem as escolas, onde ocorreram os supostos atos de “truculência e o radicalismo”.
“É lamentável esse tipo de atitude. Repudiamos veementemente essas ações. Nossos alunos e suas famílias que estão sendo prejudicadas por uma minoria, que está, na realidade, fazendo política-partidária e para isso prejudica a população”, disse Bruno Barral, secretário municipal da Educação, que complementou: “também é uma atitude desrespeitosa aos professores e gestores que querem trabalhar, dar aula e acolher nossos alunos. E que representam a maioria”, concluiu.
Em resposta, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Professora Elza Melo, afirmou que a denúncia “não procede, porque o movimento, além de legítimo, é sério”.
“Os professores têm responsabilidade e cuidado com os seus alunos e jamais os tratariam de forma agressiva ou desrespeitosa, nem com palavras e muito menos por ações desta natureza. A APLB-Sindicato REPUDIA qualquer tipo de ação agressiva e entende que não cabe para uma Secretaria de Educação divulgar tal informação, sem saber de sua veracidade. Portanto, o que a APLB espera é que o Executivo Municipal mantenha as negociações, para que acabe todo e qualquer impasse”, diz o comunicado assinado pela sindicalista.
A categoria está em greve desde quarta-feira (11) e afirma que há três anos não tem reajuste no salário e no auxílio alimentação.