O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia afirmou em nota oficial que o prefeito de Riacho de Santana, Tito Eugênio Cardoso de Castro (PDT), o seu chefe de gabinete e um vereador da cidade, estão recebendo tratamento vip no Centro de Observação Penal (COP), onde encontram-se custodiados. Eles são tratados, de acordo com o sindicato, como “presos ilustres” pelo secretário de Administração Penitenciária Nestor Duarte.
A nota afirma ainda que os agentes penitenciários reclamam que, por determinação dos superiores, além dos detentos permanecerem naquela unidade de forma irregular pois, é uma unidade de trânsito, denominada “porta de entrada”, que após o cadastro e inspeção médica e psicológica os presos devem ser distribuídos para unidades prisionais, mas isso não ocorreu com esses ilustres e além disso, eles têm recebido visitas diuturnamente, prejudicando a realização das demais atividades, haja vista naquela unidade entram diariamente mais de 60 presos, e o processo de cadastro e triagem terem que ser feitos. “O lugar parece uma casa legislativa pelo entra e sai de políticos”, reclama um agente.
Os agentes denunciam também que, além do excesso de visitas, há também o excesso de materiais, inclusive alimentos e eletroeletrônicos que, por ordens da SEAP, devem ser permitidos aos “companheiro do partido”. Políticos, familiares, oficiais da Polícia Militar e colegas de partido não param de chegar e isso tem trazido vários transtornos. “O Superintendência criou uma função laborativa denominada ‘faxina cultural’ para justificar a permanência destes criminosos fora do cárcere. Essa função jamais existiu no Sistema Prisional baiano”, finalizou o denunciante.
