A inadimplência das famílias ficou estável nos últimos quatro meses no menor nível histórico registrado pelo Banco Central (BC). Em agosto, a inadimplência permaneceu em 5%, a menor taxa da série histórica iniciada em março de 2011. Essa taxa considera atrasos acima de 90 dias.
A taxa média para pessoas físicas e empresas – de 4,2% em agosto – também é a menor da série histórica. Essa é a inadimplência do crédito com recursos livres, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.
ral são mais altas do que desejaríamos. Tem uma pauta no Banco Central concentrada na Agenda BC + [medidas para reduzir os custos dos empréstimos, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente] que não estão encerradas”, afirmou.
Saldo dos empréstimos
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC disse que em agosto foi verificada a continuidade do crescimento do saldo de crédito.
No mês passado, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,155 trilhões, com aumento de 1% no mês e de 2,1% no ano.
Explicou, também, que a alta do dólar contribuiu com aumento de R$ 10 bilhões no saldo do crédito. Isso aconteceu porque principalmente as empresas têm empréstimos atrelados ao dólar.
“Esse impacto fez com que o crescimento no saldo do crédito fosse maior do que seria se não houvesse a desvalorização [do real frente ao dólar]”, diss. Segundo ele, se fosse desconsiderada essa contribuição da alta do dólar, o crédito teria crescido 0,7% no mês.