Morreu nesta terça-feira (16/10), em São Paulo, aos 78 anos, o jornalista policial Gil Gomes. De acordo com informações do programa Balanço Geral, da TV Record, o comunicador estava internado no Hospital São Paulo após passar mal em casa, na noite de segunda-feira (15/10). Gil Gomes foi socorrido por uma equipe do Samu e levado para o pronto-socorro da unidade médica. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do jornalista, que ficou famoso com o bordão “aqui agora”.
Uma das últimas aparições do profissional foi no programa Domingo Show, da Rede Record. O radialista sofria com o mal de Parkinson. Em uma declaração de 2016, quando voltou ao trabalho depois de 11 anos fora das telinhas, ele chegou a revelar que estava sofrendo. “Passei os últimos anos sentado em uma poltrona, esperando a morte, mas agora voltei e estou feliz”, contou ao programa Sensacional, da RedeTV.
Rádio e jornalismo policial
Paulistano nascido e criado na Mooca, Gil Gomes nasceu em 13 de junho de 1940. Além de jornalista, ele era radialista e bacharel em direito. Chegou a ser preso mais de 30 vezes durante o regime militar. Na juventude, a gagueira foi um obstáculo em sua vida e, para superar o problema, tentava imitar os locutores esportivos que ouvia pelo rádio. O método funcionou graças à própria força de vontade. Foi então convidado a ser locutor nas quermesses da igreja, quando descobriu que a comunicação era sua vocação, abandonando a ideia de ser médico, como desejava o pai.
Na televisão, ele se destacou e foi reconhecido pelo programa e bordão “Aqui Agora”. O jornal diário era popular no formato e na linguagem. Gil aparecia ao lado de Sônia Abrão, Celso Russomanno, Jacinto Figueira Júnior (o homem do sapato branco), Wagner Montes, entre outros.
No Aqui Agora, ele dava ênfase a reportagens sobre acidentes graves e crimes, onde teve um papel de destaque. No programa, Gil Gomes aprimorou o visual, a voz inconfundível e o gestual, que caíram no gosto do grande público e os trejeitos dele serviram de inspiração para imitadores de programas de humor.
Em 2005, o comunicador afastou-se de familiares, amigos e da profissão que tanto amava. Os quase 50 anos de carreira foram encerrados pelo mal de Parkinson.