Com investimento de R$ 120 milhões, o primeiro hospital municipal de Salvador teve a ordem de serviço assinada nesta quarta-feira, 6, pelo prefeito ACM Neto, no terreno onde será edificada a unidade, em Boca da Mata. A previsão é que a obra, iniciada nesta quarta com a terraplanagem da área, seja finalizada em até dois anos e sejam atendidos no local 60 mil pacientes e que sejam realizados mil internamentos por mês.
A unidade iniciará os atendimentos com 210 leitos de internação, sendo 150 de atendimento geral, 30 pediátricos e 30 na internação intensiva – 20 de adultos e dez de crianças. Haverá outros 30 leitos de observação – 20 de adultos e dez de crianças -, onde será feita triagem “mais intensa”, segundo o secretário da Saúde, José Antônio Rodrigues.
Do valor investido – recursos próprios do município -, R$ 80 milhões são somente para a obra. O restante (R$ 40 milhões) é destinado à compra de mobiliário e equipamentos. A unidade, que funcionará 24 horas, terá 12 mil m² de área construída. O hospital, que será erguido na Via Coletora B, no final de linha de Boca da Mata, funcionará 24 horas para atendimentos de urgência e emergência.
“Inicialmente, funcionará com 210 leitos, podendo chegar a 300. Essa região é uma das mais populosas da cidade e não há nenhum atendimento de urgência e emergência por aqui. O hospital vai oferecer justamente isso e ajudar a desafogar a demanda que existe de cirurgias eletivas em nossa cidade”, afirmou o prefeito.
Acesso
Questionado sobre os acessos para o hospital, Neto disse que “não poderia existir melhor localização. Ele está a 15 minutos do centro da cidade pela BR-324, a 15 minutos da região do aeroporto, de São Cristóvão e de Mussurunga pela Estrada Velha do Aeroporto. A partir da Via Regional, pode-se ter acesso ao miolo da cidade”, disse o prefeito.
Líder comunitário, o aposentado Manuel dos Santos, 56, afirmou que a implantação da unidade é positiva e que os moradores da região sofrem para receber atendimento médico. “Perdi um amigo que infartou e morreu na BR-324, porque não conseguiu chegar a tempo no hospital”, disse.
O secretário da Saúde, José Antônio Rodrigues, destacou que ainda não há definição para o gerenciamento. “Não temos ainda a solução definitiva para a gestão hospitalar. Pode ser uma parceria público-privada e poderemos utilizar os investimentos dela na área de mobiliário e equipamento ou através do modelo de organizações sociais”, frisou.
Segundo Rodrigues, o hospital visa atender a uma necessidade da rede municipal de urgência formada pelas nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que têm 216 leitos de observação.
Especialidades
O hospital terá consultórios nas especialidades de: cardiologia, cirurgia geral, neurologia, cirurgia pediátrica, pediatria, medicina generalista, ortopedia e traumatologia, além de serviço social e pré-consulta de enfermagem, sala de coordenação e de atendimento.
A estrutura envolverá, ainda, serviços de day hospital, bioimagem, exames laboratoriais, além de apoio pós-alta médica. Também haverá uma base do Samu. Haverá, também, um serviço de acompanhamento após a alta médica que será realizado por uma equipe de atendimento domiciliar.