Investigadores paraguaios suspeitam que a advogada Laura Casuso, que defendia os narcotraficantes Jarvis Chimenes Pavão e Marcelo Piloto, tenha sido assassinada a mando de um dos seus próprios clientes, por não ter obtido resultados satisfatórios durante os processos. Segundo o jornal paraguaio “ABC Color”, Laura foi morta por brasileiros no Paraguai. Ela era argentina, vivia no Paraguai, mas circulava muito pelo Brasil e falava português fluente.
A defensora teria sido bem paga pela sua atuação. Além de Piloto e Pavão, extraditado para o Brasil em dezembro, Laura trabalhou para Elton Rumich, conhecido como Galã e apontado como um dos principais fornecedores de drogas do Paraguai para as facções do Brasil. Ele foi preso em março deste ano em Ipanema. Elton é acusado pela polícia de ter participado da execução do traficante Jorge Rafaat, em 2016, que chefiava os negócios ilícitos na fronteira.
O chefe de segurança pública da cidade de Pedro Juan Caballero, Teófilo Giménez, informou que a polícia do Paraguai possui a informação de que os assassinos responsáveis pela morte da advogada são brasileiros. Os investigadores acreditam que três ou quatro criminosos estão envolvidos no assassinato. Eles seriam brasileiros porque o veículo utilizado, um Toyota Hilux, provavelmente foi roubado no Brasil.