Gabriel Bispo dos Santos, 24 anos, acusado de ser um dos autores do latrocínio contra Michel Batista de Sá, no dia 16 de agosto deste ano, agia, de acordo com a polícia, dando golpes com compra e venda de veículos. Para equipes do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) da Polícia Civil, ele confessou que participou da morte do assessor da Prodeb.
As investigações começaram logo após o crime, que se iniciou depois de um anúncio da venda de um carro, modelo HRV, no site OLX. Michel marcou com Gabriel, no Shopping Paralela, com intuito de negociar o valor.
“Eles se encontraram e depois saíram juntos do shopping. Uma das hipóteses é de que Gabriel argumentou que levaria o carro para alguém analisar e validar a compra”, explicou o delegado do DCCP e responsável pelo inquérito, Delmar Bittencourt. Ele contou ainda que, em seguida, Gabriel voltou ao shopping sozinho e efetuou compras com o cartão de Michel.
As imagens do circuito de câmeras flagraram toda a trajetória de Gabriel dentro do estabelecimento. “Logo depois ele pega um carro, no estacionamento, e encontra com outros comparsas, ainda não identificados. Neste momento Michel é executado”, disse Bittencourt.
Trabalho de inteligência
Com as imagens e investigação, o DCCP chegou em um suspeito. Foi cumprido contra ele um mandado de prisão temporária, pois o seu carro foi usado por Gabriel, no dia do crime. “Depois dos depoimentos e apurações percebemos que ele só emprestou o automóvel, mas não sabia como seria utilizado”, contou Bittencourt.
Com a repercussão do crime, Gabriel fugiu, na segunda-feira (20 de agosto), para o Rio de Janeiro, onde ficou em casa de parentes. Delegados e investigadores do DCCP passaram a acompanhar a trajetória dele que passou também por São Paulo e Santa Catarina (município de Pomerode), onde acabou capturado.
“Sabemos que outras pessoas participaram e o trabalho continua. Importante destacarmos a dedicação de toda a equipe, com apoios imprescindíveis da Superintendência de Inteligência da SSP e da Polícia Civil de Santa Catarina”, declarou o diretor do DCCP, delegado Élvio Brandão.