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Informe Baiano
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Discurso da primeira-dama em Libras ajuda na inclusão, dizem surdos

Associações de surdos e pessoas com deficiência afirmam que o discurso em Libras (Língua Brasileira de Sinais) da primeira-dama Michelle Bolsonaro, durante a cerimônia de posse do marido, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no dia 1º, ajuda na inclusão dessa população.

“Eu gostaria de dirigir-me à comunidade surda, pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos. Vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados”, disse ela. Autodidata em Libras, a primeira-dama aprendeu a língua por causa de um tio surdo.

Segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 9,7 milhões de pessoas têm deficiência auditiva no país. Cerca de 1 milhão delas são jovens até 19 anos.

Para a fonoaudióloga e gestora do Instituto Seli, Sibelle Moannack Traldi, o discurso de Michelle foi bem-vindo. “Trabalho há 16 anos tentando conscientizar as pessoas da importância das Libras. Mas, agora, parece que está todo mundo falando no assunto. Ela está abrindo as portas”, afirma. “É importante para inteirar não só as pessoas, mas também os governos da importância de ter Libras acessível em todos os lugares, em órgãos públicos também.”

Andrey Lemes da Cruz, sócio e diretor da Educalibras, também comemora o discurso em Libras. “Não se pode descartar o fato de que isso é inédito. Sem dúvida a comunidade surda usuária da Língua Brasileira de Sinais foi notada”, afirma. Para ele, a partir de agora, organizadores de eventos serão mais pressionados para torná-los mais acessíveis, principalmente com a presença do intérprete de Libras. “Isso sem dúvida contribuirá para que a comunidade surda tenha mais visibilidade”, conclui.

Marcos Medeiros, assistente de diretor da Emebs (Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos) Helen Keller, que já atua há 66 anos, também vê com otimismo a propagação das Libras no país. “Para os surdos vai ser muito bom, vai aumentar a acessibilidade”, afirma ele.

ATENDIMENTO A PACIENTES

A rede de hospitais São Camilo apostou em aulas de Libras para funcionários para aprimorar o atendimento desses pacientes. Segundo a gerente de atendimento da rede, Alessandra Rallo Ferreira, a Libras é um meio de garantir a inclusão na sociedade. “Esse aprendizado fortaleceu nosso atendimento.”O curso foi oferecido a 46 funcionários, em 2016, ministrados pelo Instituto Seli. O auxiliar de atendimento em pronto-socorro da rede José Dário Santos, 42, fez o curso por dois anos. “Pude entender os desejos dos pacientes, melhorando o atendimento”, conta.

No mesmo setor, Amarildo Dantas Júnior, 33, destaca a questão da humanização com o paciente. A supervisora de hotelaria Maria Lucia Dutra, 50, conta usou Libras ao receber um paciente surdo. “Ele foi embora satisfeito”, diz.

A supervisora de atendimento de internação Jéssica Guimarães, 26 anos, tem um primo surdo e conta que a comunicação com ele “ficou muito melhor”. Ela também atendeu um paciente surdo. “Valeu a pena para ver a alegria dele ao ser compreendido, isso não tem preço.”

ARTES

Surdo de nascimento, o estudante João Victor Torres Rocco, 15, aprendeu Libras na Emebs Helen Keller, onde cursou o ensino fundamental e agora irá iniciar o ensino médio, inaugurado a partir deste ano na escola municipal. Foi ali que João descobriu o amor pelas artes.

“Apesar de ler lábios muito bem, ele aprendeu Libras nessa escola e lá desenvolveu a paixão por teatro, cinema e artes em geral. Ele gostou tanto que já até escreveu uma peça, encenada na escola”, conta a mãe do adolescente, a atendente de telemarketing Neusa Torres Rocco D’Arena, 51.

Com a ajuda da mãe, que não sabe Libras, João conta que adora ir a todos os passeios da escola, em especial ao teatro. “A arte, em geral, é muito importante na minha vida, é um crescimento para mim. A peça que mais gostei foi ‘Ayrton Senna, O Musical'”, conta ele, com a tradução da mãe.

PRODUÇÕES

Produções de teatro começaram a convidar alunos Emebs Helen Keller para assistir espetáculos teatrais, como “A Visita da Velha Senhora”, com Denise Fraga, com tradutor em Libras, graças a um projeto de formação da escola, voltado para cultura.

“Há convites para os estudantes e acompanhantes, que passam a ter contato com espetáculos conhecidos”, diz Marcos Medeiros, da Emebs Helen Keller.

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