Leucemia mieloide aguda (LMA) está no nosso imaginário com uma doença grave, associada ao jovem, que pode ser curada com quimioterapia intensiva e transplante de medula óssea. “A realidade é que a idade mediana do diagnóstico de LMA é 67 anos e a maioria das pessoas desta faixa etária, em razão da fragilidade da saúde, não é candidata a esses tratamentos. Por esse motivo, os resultados da terapia para LMA em pacientes de idade mais avançada costumavam ser muito frustrantes”, destaca o hematologista e diretor médico da Clínica AMO, Alex Pimenta.
Esse panorama está começando a mudar com a aprovação, nos EUA, no final de 2018, de uma droga oral que aumenta bastante as chances de controle da doença quando usada em associação com os tratamentos pouco intensivos utilizados para o idoso. Já nos primeiros estudos, as chances de boa resposta se aproximaram de 70%, o que fez com que o Brasil também aprovasse o medicamento já no início de 2019.
“O desenvolvimento de tratamentos adequados para as doenças da crescente população de idosos é uma necessidade, uma tendência e os bons resultados são uma excelente notícia em onco-hematologia”, afirma Alex Pimenta.