As investigações sobre o “Caso Ronaldinho” foram concluídas essa semana e o Ministério Público do Paraguai decidiu que não vai apresentar nenhuma nova denúncia contra o ex-jogador e seu irmão, Roberto de Assis. Os dois estão presos em Assunção, naquele país, desde 6 de março.
Portanto, os dois ex-jogadores devem retornar ao Brasil semana que vem. O MP solicita que os dois sejam colocados em liberdade condicional, porém, a petição faz algumas exigências, como por exemplo, o pagamento de um total de US$ 200 mil de multas, que terão de ser avaliadas pelo juiz Gustavo Amarilla. A audiência ainda não está marcada, mas deve ocorrer semana que vem.
“Foi reconhecido pelo Ministério Público que inexiste crime de natureza financeira ou correlato em relação ao Ronaldo e ao Roberto. Após cinco longos meses, restou demonstrado exatamente o que se defendeu desde início: a utilização de documentos públicos adulterados sem o conhecimento dos defendidos”, declarou Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho e Assis ao Globo Esporte.
No documento de 11 páginas em que detalham os motivos de terem tomado essa decisão, os promotores do caso deixam claro que Roberto de Assis sabia que os passaportes usados por ele e o irmão eram falsos. Eles também afirmam que não encontraram, durante a investigação, nenhum indício de que Ronaldinho “tenha participado do planejamento da obtenção dos documentos irregulares”, mas ressaltam que isso “de maneira alguma o exime da responsabilidade de ter domínio e decisão do uso de instrumentos que são de aspecto pessoal”. O juiz Gustavo Amarilla analisa o caso.
Ronaldinho e Assis foram presos preventivamente no dia 6 de março a pedido do MP do Paraguai, para impedi-los de deixar o país, sob alegação de uso de documentos adulterados (passaportes e cédulas de identidade paraguaias). Eles foram levados para a Agrupación Especializada, um centro de detenção para presos de menor periculosidade.