Eleito para assumir uma vaga na Câmara Municipal de Aracaju, o vereador Cabo Amintas (PTB), que ganhou notoriedade em todo país após aparições em programas de televisão como o Polícia 24 Horas, Brasil Urgente e Balanço Geral, já mostrou em menos de um mês como vai ser a sua atuação na política.
Em entrevista ao Informe Baiano, ele afirmou que vai apresentar várias soluções na área de segurança e também em outros setores, a exemplo do Projeto de Lei que prevê a isenção de IPTU para portadores de doenças graves, como câncer, aids, cegueira e esquizofrenia. Polêmico, criticou a Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE após a morte do policial reformado Adalberto Santos Filho, no dia 16 de janeiro, na capital sergipana e ainda fez um convite.
“Eu convidei eles através de um ofício para me acompanharem no velório de mais um policial, que foi brutalmente assassinado. Esse caso deu muito o que falar, pois as pessoas não estão acostumadas a serem incomodadas. Eu fiz o convite no sentido de provocar a reflexão deles: de que lado está? A minha vida inteira eu estive nas ruas e ao lado bem. Eles precisam dizer de que lado estão”, cutucou.
O Cabo Amintas, responsável por mais de 200 prisões em 2016, afirmou ainda que “virou rotina as emboscadas contra os policiais”.
“Eu dormiria tranquilo e estaria com minha consciência tranquila se encontrasse algum assassino de policial e enchesse de tiros. Não tenho nenhum problema com isso. Dentro da legalidade, eu encho a cara do bandido de tiros e tô pouco me lixando. Eu durmo é bem!”, desabafou.
Para o edil, além da bandidagem, os agentes da Segurança Pública, enfrentam outros graves problemas. Ele também cobrou um olhar mais cuidadoso com os policiais.
“Tem que se valorizar o homem, ver como está a cabeça do homem e não adianta Governo nenhum dizer que está investindo milhões em viaturas. As pessoas não sabem o que é passar 30 anos com a arma na cintura. Ninguém se preocupa com isso. Os policiais vivem em um nível de estresse altíssimo. Os policias são bravos, passam por dificuldades absurdas, enfrentam uma dimensão territorial e ainda ganham uma mixaria. Tem que discutir mais isso. O último muro que se separa o bem e o mal chama-se Polícia brasileira. Mas nós somos discriminados em todos os setores. Os policiais são seres humanos e os órgãos precisam entender isso. Eu quero deixar um recado para os meus irmãos baianos e sergipanos: só tenha medo de não voltar para casa e de não ver mais sua família. Não tenha medo da Justiça, não. A Justiça um dia vai sentir a dor que nós estamos sentindo. As barreiras estão caindo”, opinou.
Por fim, o “vereador policial” demonstrou preocupação com o aumento significativo nas relações dos bandidos baianos e sergipanos. Amintas acredita que muitas dessas quadrilhas atuam em conjunto.
“A proximidade da Bahia e Sergipe é boa, mas também tem o lado ruim. Muitos bandidos baianos vem para Sergipe, fazem assaltos, estouram caixas eletrônicos. E isso acontece do lado da Bahia também, infelizmente. Esses bandidos são ligados as facções e são organizados. Não tenho dúvida disso. Aí, depois que são presos, eles fazem rebeliões e ficam se matando. Eu quero é que eles comecem a morrer mesmo. Quem tá ali não é santo”, disparou. Mais de dez policiais já foram mortos esse ano na Bahia e em Sergipe.
