Diagnosticada com gravidez ectópica, a famosa gravidez nas trompas, a dona de casa Laís Nascimento Cruz, 28 anos, passou mal e foi levada em estado grave para o Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador. A mulher deu entrada na emergência da unidade médica desacordada, no dia 07 de Outubro de 2019.
Ao Informe Baiano, ela disse que viveu um drama e quase perdeu a vida devido “a negligência médica e também desumanidade” da empresa Hapvida.
“Eu fiz a cirurgia de emergência para retirar o feto e logo em seguida fui transferida para a Maternidade Tsyla Balbino, na Baixa de Quintas. E na Tsyla foi detectado que eu estava com uma gravidez no útero também, o que não havia sido informado no Teresa de Lisieux. Um completo descaso”, iniciou a Laís, que é moradora do bairro de São Gonçalo do Retiro e ainda passou por outros constrangimentos.
“O Hapvida me regulou para o hospital público e alegou que meu plano não estava no período de carência. Mas para fazer cirurgia de emergência eu poderia utilizar o plano, já que não há carência”, pontua.
A jovem conta que seu pai, Marco Antônio Leite Cruz, que estava desesperado, foi obrigado a assinar uma fatura no valor de R$ 19 mil. “Com menos de uma hora de operada, eles informaram que eu não tinha cobertura por questão de carência. Até um tempo atrás, eles estavam cobrando o valor. Agora pararam”, acrescenta.
Posteriormente, os pontos da cirurgia feitos no Hospital Teresa de Lisieux abriram e Laís precisou ser encaminhada ao Hospital Geral Roberto Santos, onde ficou 21 dias internada. Ela ainda precisou utilizar “medicamentos fortíssimos para segurar a criança que estava no útero” e que felizmente sobreviveu. Em seguida, entrou em depressão pós-parto. Até hoje, faz tratamento médico.
“Ainda não estou recuperada, pois minha depressão é gravíssima. Mas tô tentando vencer. Somente agora eu tive condições de buscar os meus direitos, uma reparação, pois o que aconteceu não pode se repetir. Repito: eles não informaram sobre a outra gravidez, meu filho correu risco de vida e poderia ter nascido com sequelas”, finaliza Laís.
O Informe Baiano entrou em contato, nesta sexta-feira (13/01) com a Hapvida, que até o momento não enviou reposta sobre a denúncia.