A operação que investiga um suposto desvio de fuzis durante uma ação policial em julho de 2024, no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, gerou grande repercussão dentro do governo da Bahia. A ação da última sexta-feira (21/03) teve como alvos o delegado Nilton Tormes e um policial militar.
Nos bastidores do Palácio de Ondina, a operação foi classificada como um “ataque político” e “busca irracional pelo poder”. Fontes do Informe Baiano afirmaram que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não vai tolerar disputas internas que prejudiquem a instituição e exponham o sistema de segurança pública.
A investigação teria sido deflagrada após uma denúncia de uma traficante conhecida como “Coroa”, apontada como liderança do Bonde do Maluco (BDM) em Cajazeiras. Segundo um dos policiais envolvidos na operação, seis fuzis e uma submetralhadora foram apreendidos, e todo o procedimento foi registrado. “Tínhamos informações sobre mais armas, mas não encontramos. Fizemos tudo dentro da legalidade”, afirmou a fonte. O inquérito, no entanto, estaria cheio de contradições e mudanças de depoimentos.
GUERRA INTERNA NA POLÍCIA
Nos bastidores da Polícia Civil, a disputa pelo comando da instituição envolve nomes como Heloísa Brito, Adailton Adan, Jorge Figueiredo e Arthur Gallas. Segundo informações obtidas pelo IB, Heloísa Brito deverá ser exonerada ainda hoje. Uma fonte ligada à corporação disse que há denúncias contra Adailton Adan, mas que ele mantém boa reputação entre colegas. “Denúncias todo mundo pode fazer. O que se espera é uma apuração rigorosa e respeito aos colegas”, afirmou.
Um grupo de policiais, sob anonimato, enviou uma nota ao Informe Baiano, repudiando a operação desencadeada pelas corregedorias da Polícia Civil e da Polícia Militar. Segundo o relato, a prisão de policiais envolvidos na apreensão de armas seria uma “inversão de valores”, e a operação teria sido sabotada internamente por influência de uma figura ligada ao crime organizado.
