Um homem vestido com uniforme de comandante da Gol Linhas Aéreas, tentou acessar a cabine de um voo da Azul na rota entre Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), no dia 24 de fevereiro. A atitude foi contida pela tripulação, que acionou os protocolos de segurança e notificou o caso às autoridades. As informações do caso foram divulgadas recentemente.
O falso piloto, cujo nome não foi divulgado, embarcou no voo AD6035, utilizando um bilhete comum de passageiro. Durante a viagem, se identificou como piloto da Gol e tentou puxar conversa com os comissários. Em determinado momento, solicitou acesso à cabine de comando da aeronave da Azul, mas teve o pedido recusado de imediato pela equipe, que identificou o comportamento como atípico.
A Azul Linhas Aéreas informou que seus tripulantes agiram de forma preventiva e de acordo com os protocolos internos. “A atitude do passageiro foi prontamente identificada e contida, sem qualquer prejuízo ao voo”, declarou a companhia, reforçando que a segurança é valor primordial da empresa.
Já a Gol afirmou, em nota, que o episódio foi comunicado internamente como medida preventiva e que situações fora da rotina operacional são analisadas com rigor. A empresa reiterou que a segurança é seu “valor número 1”.
Segurança reforçada desde o 11 de Setembro
O acesso à cabine de comando é controlado por protocolos internacionais definidos após os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Desde então, as portas são blindadas e só podem ser abertas pelos pilotos, com uso de câmeras para verificação externa. A comunicação com a cabine é feita exclusivamente por sistema interno de áudio.
Embora o homem usasse um crachá com o cordão da Gol, ele não portava identificação funcional válida da companhia aérea. Apenas o CHT, emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi apresentado. O documento, por si só, não autoriza acesso à cabine sem as devidas credenciais operacionais.
A Anac e a Polícia Federal foram notificadas sobre o caso, que está sob investigação.