O senador Jaques Wagner (PT) ironizou, o colega de bancada Angelo Coronel (PSD) ao comentar a formação da chapa governista para as eleições de 2026 na Bahia. Durante entrevista à Rádio Metrópole nesta segunda-feira (26/05), Wagner, que também é conhecido como “O Bruxo”, afirmou que o grupo está empenhado em manter a unidade e sinalizou que buscará uma solução que contemple todos os aliados: “Como já disse uma vez no seu programa, é não matar o boi e não deixar o freguês sem carne”.
No caso o boi seria a aliança entre o PT e o PSD. Já o freguês seria o senador Angelo Coronel, que não vai comer picanha, mas pode ter um pedacinho de carne de segunda.
A declaração ocorre no contexto das articulações para a chamada “chapa puro-sangue”, que deve reunir Jerônimo Rodrigues na tentativa de reeleição ao governo estadual, e Rui Costa e Jaques Wagner disputando as duas vagas ao Senado – o que deixaria Coronel fora da majoritária.
Na mesma entrevista, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou que será candidato ao Senado e descartou a possibilidade de substituir Jerônimo como cabeça de chapa, hipótese ventilada na última semana diante da baixa avaliação do governador. “Isso, isso, Mário. E eu aviso a todo jornalista: se quiser saber o que eu vou almoçar, jantar, ou a roupa que vou vestir amanhã, não publique e me pergunte depois”, ironizou Rui, ao ser questionado sobre os rumores.
A composição da chapa tem provocado desconforto entre aliados, especialmente no PSD, partido de Coronel, que já ocupa uma das vagas no Senado pela Bahia. A promessa de Wagner de “não deixar ninguém sem carne” sugere que o grupo busca uma solução política para acomodar todos os interesses sem rachar a base.