O Bahia vive momento delicado no setor ofensivo. Após a eliminação na Copa Sul-Americana, com derrota para o América de Cali, o time acumula três jogos consecutivos sem vitória na temporada, resultado que pode estar relacionado à seca de gols de nomes importantes do ataque.
Neste domingo (27), pela 17ª rodada do Brasileirão, o Tricolor terá uma boa oportunidade para que quatro atacantes possam encerrar seus longos jejuns. O adversário será o Juventude, que tem uma das piores defesas do futebol brasileiro nas quatro divisões nacionais.
Atacantes em jejum
Erick Pulga, Kayky, Lucho Rodríguez e Ademir são os jogadores que ainda não balançaram as redes há algum tempo. Pulga, um dos principais nomes da temporada, não marca há nove partidas, desde o clássico Ba-Vi em maio. Kayky não marca há 15 jogos, Lucho soma 23 partidas sem gols, enquanto Ademir tem o jejum mais longo: 26 jogos.
Entre esses, Ademir e Pulga costumam ser titulares quando estão em boas condições, mas atualmente enfrentam dificuldades para contribuir ofensivamente. Ambos, porém, conseguiram dar duas assistências cada um neste período de seca.
Kayky e Lucho, por sua vez, têm aparecido mais no banco de reservas. O uruguaio Lucho perdeu espaço entre os titulares e enfrenta críticas. Em entrevista recente, ele revelou preferir jogar pelas pontas, o que gerou polêmica.
Por outro lado, o Bahia conta com Willian José e Tiago, atacantes que não passam por longos períodos sem gols. Willian é o artilheiro da temporada, com cinco gols, e marcou recentemente na Copa do Nordeste. Tiago também já balançou as redes duas vezes em junho.
Jovem chance diante de defesa vulnerável
A defesa do Juventude tem sido uma das mais frágeis do futebol brasileiro nesta temporada, com 29 gols sofridos na Série A, sendo a segunda pior das quatro divisões nacionais. Esse cenário favorece o Bahia na busca por gols e pela recuperação no Campeonato Brasileiro.
Historicamente, o Tricolor também tem bom retrospecto contra o Juventude em Salvador: em sete jogos com mando baiano, foram quatro vitórias e três empates.
Baixa eficiência ofensiva preocupa Ceni
Apesar de criar boas chances, o Bahia tem encontrado dificuldades para transformar oportunidades em gols. O técnico Rogério Ceni tem reconhecido esse problema, ressaltando a boa construção de jogo, mas lamentando a falta de eficiência na finalização.
“Criamos as chances, colocamos os jogadores na cara do gol, mas infelizmente não conseguimos marcar. É algo que acontece constantemente”, afirmou após a eliminação na Sul-Americana.
No duelo contra o Juventude, o Bahia terá a chance de acabar com essa fase ruim e reencontrar o caminho das redes para recuperar confiança e pontuar no Brasileirão.