O vereador Hamilton Assis (PSOL) está na mira do Conselho de Ética da Câmara Municipal de Salvador e pode ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.
Conforme apuração do Informe Baiano, a tendência é que o colegiado vote pela perda do mandato. O edil já foi intimado pela Casa Legislativa.
A representação foi protocolada em decorrência da confusão ocorrida durante a votação do reajuste do funcionalismo municipal, quando manifestantes invadiram o Centro de Cultura da Câmara. Hamilton Assis, que se posicionou contra o projeto, foi acusado de incitar o tumulto.
A comissão será presidida pelo vereador Alexandre Aleluia (PL), que, embora ligado à base bolsonarista, é reconhecido nos bastidores como técnico e criterioso em suas decisões. Caso o relatório final recomende a cassação, o processo segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo vereador e advogado Sidninho (PP). Se aprovado também na CCJ — o que, segundo fontes, é o cenário mais provável — a decisão final caberá ao plenário da Casa, em votação secreta entre os vereadores.
Nas redes sociais, Hamilton Assis se pronunciou sobre a representação que pede sua cassação. O parlamentar classificou o processo como uma “perseguição política” e afirmou que a medida seria uma retaliação pelo apoio às mobilizações e à greve dos servidores públicos municipais durante a campanha salarial deste ano.
“Vamos defender o nosso mandato até o último momento e mobilizar a sociedade civil para coibir essa tentativa de calar a nossa voz”, declarou.