Com o objetivo de criar uma rede de apoio e conexões estratégicas entre mulheres negras na capital baiana, o projeto Ciranda Preta – Protagonismo Feminino vem reunindo, mensalmente, profissionais para compartilhar experiências, impulsionar negócios e ocupar coletivamente espaços de prestígio, utilizando o afeto como estratégia de fortalecimento.
Os encontros, realizados em forma de jantares, oferecem um ambiente acolhedor para que as participantes estabeleçam relações genuínas e troquem indicações que favoreçam parcerias e avanços na carreira. Além do networking, o projeto valoriza a ocupação de restaurantes de alto padrão — priorizando empreendimentos comandados por chefs ou proprietários negros, mas também explorando espaços onde a presença feminina negra ainda é pouco expressiva.
A estreia aconteceu em julho, durante o Julho das Pretas, no Ayrá Gastrobar, e reuniu um grupo diverso de convidadas. A segunda edição foi realizada em 7 de agosto, no Solar Gastronomia. A curadoria é assinada pelas idealizadoras Danielle Pires, consultora em ESG e especialista em desenvolvimento de pessoas, e Najara Black, empresária e fundadora da marca N’black.
Segundo as criadoras, a inspiração veio de iniciativas semelhantes em outras cidades, mas com a intenção de criar algo alinhado à realidade e à identidade baiana. “Queríamos algo próximo, mas com o tempero baiano, respeitando nosso jeito de interagir e de fazer negócios”, afirmam.