Menos de um mês após ser absolvida da acusação de dopar e roubar um turista estrangeiro, Raiane Campos de Oliveira, de 28 anos, está sob nova investigação da Polícia Civil do Rio por um caso semelhante envolvendo dois turistas britânicos. Ela é apontada como uma das três mulheres que aplicaram o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”, causando prejuízo estimado em R$ 116 mil.
De acordo com as investigações, as vítimas conheceram as suspeitas durante uma roda de samba na Lapa e seguiram juntas para bares na Zona Sul. Em Ipanema, um dos britânicos relata ter recebido uma caipirinha oferecida por uma das mulheres e, logo após consumir a bebida, perdeu a consciência.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que ele desembarca de um táxi, caminha cambaleando pelo calçadão e cai desacordado na areia, enquanto as três suspeitas saem do local em outro táxi.
Ao despertar, o turista percebeu que, além do celular, cerca de 16 mil libras (aproximadamente R$ 116 mil) haviam sido transferidas de suas contas. Os dois britânicos foram socorridos e levados à UPA de Copacabana para atendimento.
A delegada Patricia Alemany, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), que conduz as investigações, ressaltou a gravidade do crime e informou que as apurações continuam em andamento.
Além de Raiane, são investigadas Amanda Couto Deloca, de 23 anos, e Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 27 anos, suspeitas de integrarem um grupo especializado nesse tipo de golpe.
Raiane já havia sido condenada a seis anos de prisão em regime semiaberto por um crime similar contra um turista inglês, ocorrido em 2023 na Pedra do Sal, mas foi absolvida em julho deste ano por falta de provas. A nova investigação pode reverter essa decisão.