O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu, nesta quinta-feira (14/8), o Mais Médicos, após o governo dos Estados Unidos anunciar que vai revogar os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram na criação do programa. Padilha afirmou que o Mais Médicos é um patrimônio do povo brasileiro e ataques de quem é inimigo da saúde não vão abalar a iniciativa.
“Nenhum ataque de quem é inimigo da saúde, como se demonstrou mais de uma vez o presidente Trump e seu governo, vai abalar o Mais Médicos”, disse em entrevista a jornalistas em Goiana (PE), antes de participar da cerimônia de inauguração de uma fábrica da Hemobrás. “Quero deixar bem claro que nenhum ataque, seja no Brasil, muito menos de fora, vai fazer com que a gente abra mão do pix e do mais médicos. São patrimônios já do povo brasileiro”, reforçou.
Padilha afirmou que no atual mandato o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o governo americano perseguiram cientistas que desenvolvem vacinas, cancelaram contratos com empresas americanas que produzem vacinas, cortaram recursos da OMS para fabricação de medicamento contra o HIV e agora fazem ataques a um programa internacionalmente reconhecido como o Mais Médicos.
Desde a criação, observa o ministro, o programa provocou uma transformação em municípios que não contavam com nenhum médico para atender a população. Segundo ele, desde o início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o número de profissionais atuando dobrou e 95% dos médicos são jovens brasileiros que se formaram aqui no País.
Em relação à revogação de vistos, Alexandre Padilha se solidarizou com Mozart Sales e Alberto Kleiman e os parabenizou pelo trabalho realizado na construção do Mais Médicos.
“Quero saudar esses dois servidores que entraram agora na lisa de outros perseguidos pelo governo Trump só porque defendem a saúde, a vida e a ciência”, disse.
Ele detalhou que durante a elaboração do Mais Médicos pelo Ministério da Saúde os dois viajaram por vários países pesquisando como era enfrentada a falta dos profissionais de saúde e identificaram que, naquele momento, quase 80 nações faziam parceria com os médicos cubanos para solucionar a questão. A partir dessa constatação, a parceria com o governo de Cuba também foi adotada como parte do programa, que foi lançado em 2013.