Lideranças do Movimento Negro comentam polêmica entre Kannário e PM

Os vereadores de Salvador Silvio Humberto (PSB), Luis Carlos Suíca (PT), Moisés Rocha (PT) e Marta Rodrigues (PT), notadamente referências do Movimento Negro e da luta por comunidades menos favorecidas, comentaram a polêmica entre a Polícia Militar e cantor Igor Kannário. O artista baiano fez duras críticas a uma guarnição que agrediu foliões durante a passagem do seu trio independente, na segunda-feira (24/02), no Circuito Osmar (Centro).

Em meio a repercussão do caso, bolsonaristas e até deputados, ameaçaram o parlamentar de morte e de agressão. O coronel da PM baiana, Humberto Sturaro, também opinou de forma mais dura e disse que teve vontade de dar dois tapas no músico quando ambos estavam em um restaurante de Salvador. Confira abaixo o que dizem os quatro políticos de esquerda.

Silvio Humberto:

Foi ação ou reação ali? Kannário sabe se defender e a polícia tem seus instrumentos para legalmente resolver. A minha preocupação é na disputa entre o rochedo e o mar, sobrar para a ostra. E a ostra é o povo. Me preocupa aquela juventude que ver ele como referência e que não tem políticas públicas. Isso é um problema sério, precisamos pensar em políticas públicas para essa juventude. Esse mesmo problema já aconteceu com o Apaxe e com o Muzenza, por exemplo. Antes eram as pessoas que eram espremidas pelos blocos. Há uma incapacidade de diálogo com essa juventude. Ali você tem uma pessoa que se importa com essa juventude e tem diálogo com a juventude. Isso precisa ser estudado e precisa, de fato, de políticas. Essa juventude precisa ser mais assistida e tratada com dignidade. Aquela legião é a cara do carnaval de Salvador. Tem que ouvir o que Kannário está falando que toca essas pessoas.

Moises Rocha:

Eu sou oriundo do Movimento Negro e de origem periférica. É impossível negar que dentro da corporação se passou a visão que o negro é vilão. A gente sabe disso e faz política para poder mudar essa postura. Agora, ele faz esse discurso só em cima do trio. É demagogia porque violência igual e maior o deputado fez quando votou a favor da reforma da previdência.

Suíca:

Quando a gente, como eu, Moisés Rocha e Igor, por exemplo, chega no parlamento, é uma oportunidade da gente fazer a diferença e mostrar que na periferia tem gente de bem. Quando a gente chega no parlamento, a gente tem que lutar de outra forma. A atitude dele, mesmo sendo de revolta, é desrespeitosa. Não posso concordar com a atitude dele, mas também não posso negar que bala perdida só acontece na periferia. Não posso negar que alguns policiais são truculentos. Não cabia também a Igor Kannário incitar a população contra uma corporação que tem pais e mães de família. Não posso concordar com a forma que ele se dirigiu a polícia, chamando de bunda-mole. Ele é contraditório. Ele agrediu a polícia, mas também elogiou. Agora, o governador mandou ficar observando de longe.

Marta Rodrigues:

Qualquer cantor que fazer isso está errado. Imagine o carnaval sem a polícia? Quando você coloca uma pipoca grande para dar vaias, isso é feio. Eu lembro que Kannário teve uma declaração infeliz em relação a Câmara e agora com a polícia. As palavras foram de baixa calão. Poderia fazer outra crítica, mas não naquele tom. Poderia fazer, como faz outros cantores, pois ali gerou outra violência. Mahatma Gandhi já nos ensinou isso.

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