O fundador da rede Ultrafarma, Sidney Oliveira, foi preso na manhã desta terça-feira (12/08) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga um esquema de corrupção e fraude tributária estimado em mais de R$ 1 bilhão. A ação também resultou na prisão do diretor estatutário da Fast Shop, Mario Otávio Gomes, e do auditor fiscal tributário Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Secretaria da Fazenda estadual.
Sidney foi localizado em sua chácara, em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Mario Otávio foi preso em um apartamento na Zona Norte da capital. Já o auditor fiscal, apontado como líder do esquema, teria manipulado processos administrativos para favorecer empresas na quitação de créditos tributários em troca de propina paga mensalmente por meio de uma empresa registrada no nome de sua mãe.
Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão, promotores e policiais encontraram dinheiro vivo e pacotes de esmeralda em um imóvel em Alphaville, na Grande São Paulo. As ações foram realizadas em residências dos investigados e nas sedes das empresas envolvidas.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), durou meses e envolveu análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Até a última atualização desta matéria, Ultrafarma, Fast Shop e Secretaria da Fazenda não haviam se pronunciado.
