Distúrbio que provoca uma produção de grandes volumes de urina, devido a uma diminuição da reabsorção da água nos túbulos renais, o diabetes insipidus pode ser alvo de um programa de prevenção e tratamento em toda a Bahia, caso a Assembleia Legislativa aprove o projeto de lei do deputado David Rios (MDB). O Programa de Prevenção ao Diabetes Insipidus deverá ter avaliações médicas periódicas, a realização de exames clínicos e laboratoriais, assim como campanhas anuais de orientação, prevenção e tratamento.
“A micção frequente e em grande quantidade chama-se poliúria e ocorre quando há diminuição da ação do hormônio antidiurético (ADH), que é o hormônio que controla a quantidade de água que os rins eliminam. Sem o estímulo do ADH, os rins não reabsorvem a água filtrada e o paciente acaba por urinar com grande frequência”, explicou o parlamentar, que também é médico, na justificativa da proposta.
Segundo ele, o diabetes insipidus ocorre basicamente por dois motivos: quando há uma alteração no eixo hipotálamo/hipófise que impede a produção e a liberação do ADH, mesmo em estados de desidratação; e em decorrência de um problema nos rins, que deixam de responder à presença do ADH. Em ambos os casos, o resultado final é uma perda excessiva de água pela urina, chamada de poliúria.
David Rios observou que, enquanto o doente tiver acesso fácil a líquidos, não ocorrem grandes complicações, além do inconveniente de precisar urinar a toda hora. Porém, se o paciente urina em excesso e não bebe água suficiente para repor as perdas, inicia-se um processo de desidratação, que, em casos mais graves de Diabetes insipidus, pode ser severa e potencialmente fatal. Ele disse ainda que o tratamento desse tipo de diabetes deve ser mantido por toda a vida, visto que a supressão do hormônio antidiurético pode causar risco ao paciente.