O ex-PM e miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, está negociando um acordo de delação premiada com a Polícia Civil e com o Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com O Globo, ele está preso na na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) sob a acusação de chefiar uma milícia e foi acusado por uma testemunha de estar envolvido no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, no dia 14 de março.
O miliciano deverá ser levado até a Divisão de Homicídios na próxima semana. Os investigadores querem conversar com ele para saber o que o ex-PM teria para revelar. Policiais civis conversaram na quinta-feira (10) com Orlando, em Bangu 1, afirma seu advogado, Renato Darlan:
“Pelo que fui informado, houve sim uma conversa com meu cliente em Bangu 1. Ofereceram perdão judicial para Orlando em troca de sua colaboração. Não sei exatamente o que foi conversado porque não estava presente. O que meu cliente informou é que os policiais agiram de forma intimidatória, oferecendo perdão judicial em troca de sua confissão. Mas volto a dizer: Orlando não cometeu crime algum”, revelou Darlan.
A testemunha chave seria um homem que trabalhou para um dos mais violentos grupos paramilitares do Rio. Ele resolveu procurar a polícia para contar o que sabe, em troca de proteção. Segundo o delator, o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo queriam a morte de Marielle, assassinada no dia 14 de março, no Estácio. O vereador Marcello Siciliano negou as acusações.