Acusada de compra de votos, a prefeita de Cafarnaum, Sueli Novais (PR), pode ser cassada. No município situado na microrregião de Irecê, o clima é de expectativa em relação ao desfecho da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) que tramita na primeira instância da Justiça Eleitoral. A audiência acontecerá no dia 7 de junho, em Morro do Chapéu, no Fórum Clériston Andrade, às 11 horas. De acordo com o Bahia Hoje News, a publicação da data da audiência no site do Tribunal Regional Eleitoral (TER) agitou o clima político na cidade.
A oposição acusa o grupo político da prefeita Sueli Novais de abuso do poder econômico, que teria se desdobrado em compra de votos, entrega de material de construção e concessão de empregos públicos. Os advogados da gestora negam.
Nos últimos anos, a cidade de Cafarnaum chegou a ocupar por diversas vezes as páginas policiais da imprensa devido a prisão do ex-prefeito Ivanilton Oliveira Novais, marido de Sueli Novais. Ele foi detido em 2010 durante a Operação Carcará, desencandeada pela Polícia Federal. O casal Novais também protagonizou outros escândalos. Eles foram aprovados em um concurso público da própria Prefeitura de Cafarnaum quando Ivanilton era o gestor do município. Ele, para vaga de médico e ela para ocupar a função de assistente administrativa.
Recentemente, o Ministério Público Estadual (MPE) recomendou a exoneração de 13 pessoas com cargos de confiança e funções na Prefeitura de Cafarnaum. Segundo o MP, a prefeita praticava nepotismo, o que é vedado em lei. Dentre os 30 prefeitos baianos investigados pelo MPE em 2017, a prefeita de Cafarnaum foi considerada a campeã de nepotismo.
Caso o mandato de Sueli Novais seja interrompido, uma nova eleição será realizada em 90 dias.