Uma eleição morna pode significar o fim de uma carreira política. No meu sentir, esse ano nós estamos, graças a Deus, assistindo a benevolência da natureza com a riqueza das chuvas. Entretanto, o clima frio e as condições no cenário político baiano afugentaram a sensação da existência de uma provável eleição que se avizinha. O que não é algo salutar.
Por um lado, não se mostra corretamente aos cidadãos a realidade do estado, como também não se contradiz sobre a efetividade das obras anunciadas nas propagandas realizadas pelo governo durante os quatro anos. Enfim, o debate político é inexistente. Espero que não aconteça com o governador Rui Costa, o que aconteceu com o politico João Henrique, que depois de sua reeleiçao morreu politicamente, não conseguindo se reeleger para vereador de Salvador.
Por outro giro, quem esperava ajuda nessa antiga refrega política, terá que, humildemente, ocupar a fila de atendimento das duas grandes lideranças baianas, as duas que tem mais votos, onde a humildade é relativa, visto que eles não cobram o preço da humilhação. Estou me referindo ao senador Otto Alencar e ao que tudo indica, futuro senador, Angelo Coronel.
A oposição cambaleante, até hoje não se aprumou. Há expoentes de expressão, mas encontram-se pálidos e desnorteados. Interessante foi a estratégia política do governador quando José Ronaldo foi anunciado candidato, a saber: Rui Costa largou a costa e se embrenhou no sertão, notavelmente na região de Feira de Santana. Assim, só existe uma remota possibilidade, o governador perder a eleição para si próprio, coisa que em política é possível.
Por Plácido Faria, com colaboração de Ramon Margiolle