A candidatura ao Senado Federal de Angelo Coronel, do PSD, deixou o postulante a uma vaga na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba) Marcelinho Veiga, do PSB, entre a cruz e a espada. Ele tem duas alternativas. A primeira é não apoiar Coronel, conforme orientação de seu líder e sogro, o candidato a deputado federal Marcelo Nilo, que é inimigo declarado do PSD. Nilo é amigo pessoal do também candidato ao Senado, Jutahy Magalhães Junior (PSDB). Além disso, desde que perdeu a disputa pela presidência da Alba, está chateado com Coronel.
A segunda alternativa do socialista é aceitar o pedido do governador Rui Costa (PT) e dos amigos Diego Coronel e Otto Filho. Os dois últimos também são candidatos e fazem parte da coordenação da campanha do PSD na Bahia. Obviamente, querem o apoio do candidato a deputado estadual e consequentemente, que o mesmo convença Seu Nilo a deixar as diferenças de lado, pelo menos por enquanto.
Para completar o dilema de Marcelinho, o governador vem cobrando em conversas com seus aliados mais engajamento eleitoral na campanha de Coronel. Marcelinho, um dos favoritos para se eleger, esteve reunido com Rui no Palácio de Ondina nesta segunda-feira (27/08) e também recebeu a “sugestão”.
Questionado pelo Informe Baiano sobre a enrascada, ele disse que filiou-se recentemente ao PSB e segue a orientação determinada pela sigla. Admitiu também que é muito amigo de Diego (filho de Coronel) e Otto Filho (herdeiro de Otto). Porém, afirmou que “a política não deve interferir no lado pessoal”. Em várias cidades, o jovem político caminha e faz dobradinha com Otto Filho.