Centenas de mulheres foram para as ruas de Belo Horizonte e Rio de Janeiro neste sábado (2) para participar da “Marcha das Vadias”, para protestar contra a violência e o preconceito.
Com corpos semi-nus, para demonstrar a liberdade e cobrar respeito, elas carregavam cartazes e faixas: “Nem santa, nem puta. Mulher”, ”Não quero ser dama, quero ser livre”, “A nossa luta é por respeito, mulher não é só bunda e peito”, diziam alguns deles.
Além de lutar contra a cultura do estupro, os grupos ainda cobraram a legalização do aborto e defendeu bandeiras dos gays, transexuais, travestis e prostitutas. Houve ainda protesto contra o atual governo do presidente interino Michel Temer e de políticos como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Fernanda, uma das organizadoras da Marcha diz que “a ilegalidade do aborto compromete os direitos inerentes à democracia. Esta hipocrisia dá hemorragia.” Falou sobre a bancada evangélica, que para ela, tira direitos de mulheres, negros e negras e população LGBT. “A minha luta é todo dia, o meu corpo não é mercadoria!”, como divulga o Mídia Ninja em seu Facebook.
A Marcha reuniu cerca de 300 pessoas no centro da capital mineira, informam as organizadoras. No Rio de Janeiro a manifestação aconteceu em Copacabana, no posto 5.
