O tradicional 2 de Julho, data que celebra a Independência da Bahia, chega ao seu ponto alto nesta quarta-feira (2) com o desfile cívico-cultural dos carros do Caboclo e da Cabocla. Neste ano, os carros emblemáticos ganham um novo simbolismo: vestem branco como um pedido de paz, reforçando o desejo de união e tranquilidade para o povo baiano.
As imagens também foram adornadas com coroas de flores, em sinal de reverência à luta pela liberdade que marcou a expulsão das tropas portuguesas em 1823. As celebrações, que completam 202 anos, mantêm viva a memória da vitória das forças locais e reforçam o sentimento de resistência do povo da Bahia.
Como manda a tradição, o Fogo Simbólico saiu na última segunda-feira (30) dos municípios de Cachoeira e Mata de São João, passando por cidades que tiveram papel fundamental na guerra pela independência antes de chegar a Salvador.
O cortejo oficial começa às 9h, no Largo da Lapinha, e percorre bairros históricos como Soledade, Barbalho e Santo Antônio Além do Carmo, até o Pelourinho e, por fim, o Campo Grande — onde a população presta homenagens aos símbolos da liberdade: o Caboclo e a Cabocla.
Considerada por muitos como a verdadeira independência do Brasil, a data é lembrada com orgulho pelos baianos, já que a libertação do território só foi conquistada em 2 de julho de 1823, quase um ano após o 7 de Setembro. Com a vitória, houve um desfile popular que percorreu diversas regiões de Salvador e deu origem à tradição celebrada até hoje.
Além da comemoração pela liberdade, o 2 de Julho marca também a promulgação da Carta Magna da Bahia, consolidando a autonomia política do estado.
Mais que uma festa, o 2 de Julho é um ato de memória, resistência e afirmação da identidade baiana — que neste ano se une em um só pedido: paz.