O Bahia vive um momento de insatisfação com a arbitragem após uma sequência de três jogos fora de casa marcados por decisões polêmicas e prejudiciais ao clube. Os confrontos contra Grêmio, Bragantino e Fortaleza evidenciaram falhas que geraram revolta da torcida, da diretoria e de influenciadores digitais, a exemplo de Tonn Bahia.
A situação mais recente ocorreu no último sábado (19/07), na Arena Castelão, onde o Tricolor de Aço enfrentou o Fortaleza. Nos acréscimos do segundo tempo, o meia Cauly foi derrubado na área pelo goleiro Magrão, mas o árbitro Wilton Pereira Sampaio não marcou pênalti. O lance não foi sequer revisado pelo VAR, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não liberou os áudios da cabine de vídeo, o que aumentou ainda mais as suspeitas.
O influenciador Tonn Bahia classificou a arbitragem como “estranha” e chegou a sugerir uma investigação. “Essa arbitragem tem que ser investigada, isso não é normal. O que a CBF está escondendo? O Bahia precisa se posicionar sobre isso”, cobrou.
Outro episódio polêmico aconteceu em Bragança Paulista, contra o Red Bull Bragantino, no dia 12 de junho. Apesar do triunfo por 3 a 0, o árbitro Lucas Paulo Torezin ignorou um pênalti em Jean Lucas, que foi derrubado na área. A não marcação da penalidade foi amplamente criticada por comentaristas de arbitragem.
Já no confronto contra o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 25 de maio, a revolta tomou conta da torcida tricolor após o árbitro Bruno Arleu de Araújo assinalar um pênalti inexistente no atacante Braithwaite, que se atirou na área após pisar no braço do goleiro Marcos Felipe. O gol garantiu o placar de 1 a 0 para o time gaúcho. O episódio foi um dos temas mais comentados nas redes sociais e programas esportivos.
O Bahia SAF chegou a emitir uma nota, onde critica a arbitragem de Bruno Arleu. O clube afirmou que o árbitro “cometeu falhas graves, em especial no lance de um pênalti inexistente, que comprometeu diretamente o andamento e o resultado do jogo”. O texto ainda destaca que os erros ocorreram após o Grêmio fazer uma reclamação formal contra a arbitragem à CBF, o que gerou apreensão na diretoria do Bahia. Segundo o clube, um ofício foi enviado previamente à entidade alertando sobre o clima de pressão, mas não houve resposta efetiva.
A sequência de erros volta a colocar em xeque a credibilidade do sistema de arbitragem brasileiro e aumenta a pressão para que a CBF adote medidas mais transparentes, inclusive com a divulgação regular dos áudios do VAR — prática que tem sido cobrada por torcedores e clubes.