O deputado Paulo Azi (DEM) voltou a afirmar nesta terça (6) no Conselho de Ética da Câmara Federal, que vai acompanhar o voto do relator do processo contra Eduardo Cunha. A sessão discute a votação do relatório que pede a cassação do deputado afastado e 17 integrantes do colegiado estavam inscritos para falar por 10 minutos. O parlamentar baiano questionou as explicações do ex-presidente da Câmara Federal e afirmou que Cunha não conseguiu explicar a origem dos recursos no exterior.
“Isso é suficiente para tirar o mandato de um presidente e existem provas nos autos que a origem desses recursos, infelizmente, vem de forma ilícita. E ao contrário do que pensam alguns, aqui, o ônus da prova cabe sim a quem está sendo acusado. Ninguém escolheu entrar na vida pública obrigado e aqueles que estão aqui merecem e devem ter a obrigação de prestarem contas a sociedade. Se não quiserem que não venham assumir uma função pública”, disse.
Azi afirmou ainda que os recursos de Eduardo Cunha são maiores do que os declarados no imposto de renda e voltou a cobrar uma posição dos deputados. “Não é fácil um parlamentar chegar aqui e votar pela cassação de um colega, mas diante dos fatos, diante da contundência do relatório, vou acompanhar o deputado Marcos Rogério pela cassação”, finalizou. O processo que já tramita há seis meses.
Nesta manhã foi divulgado pelo jornal Bom Dia Brasil da TV Globo que o procurador-geral Rodrigo Janot solicitou ao Supremo Tribunal Federal há uma semana a prisão de Eduardo Cunha por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi chamado de “conspirador”. O pedido ainda não foi decidido pelo ministro Teori Zavascki, que o analisa o caso.