O mandado de prisão preventiva contra o pescador Antônio Marcos Soares da Rocha foi cumprido, nesta segunda-feira (17), quando ele se apresentou no 2º Juízo da segunda Vara do Tribunal do Júri. Ele matou a ex-mulher, Cássia Cristina Conceição da Silva, em 26 de março deste ano, com 13 facadas, em Itapuã, e estava foragido desde então.
Segundo a delegada Rosimar Malafaia, que autuou o pescador por feminicídio, a versão dada por ele não coincide com as investigações feitas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apontam que a vitima já havia terminado o relacionamento com ele e tentava manter distância.
“Marcos diz que Cássia o chamou e o ameaçou com uma faca e, por isso, ele teria retirado o instrumento das mãos da ex, mas, em seguida, disse que não lembrava mais do que aconteceu”, disse a delegada sobre o depoimento do pescador. “Porém, os depoimentos e as mensagens do celular da vítima mostram que o pescador era quem procurava por ela”, contrapõe a delegada.
No dia do crime, depois de sair de um bar, Marcos começou a bater na porta de Cássia por alguns minutos, até que ela, após conversar com a vizinha do andar de baixo por mensagem de texto, resolveu atendê-lo, para não causar mais tumulto na vizinhança. Quatro, das 13 facadas, foram dadas nas costas de Cássia.
Ainda em depoimento, Marcos, a princípio, não soube dizer o que aconteceu com a faca usada no homicídio, só no final disse ter jogado no rio. O pescador já foi encaminhado para o sistema prisional.
