Presidente estadual do Patriota, que fundiu esse ano com o PRP, Alexandre Marques criticou em entrevista ao Informe Baiano, nesta terça-feira (21/05), o deputado federal Raimundo da Pesca, que abandonou o partido que foi eleito e migrou para o PR, do grupo do Centrão. Antes da eleição, os políticos fizeram um acordo e se comprometeram em não sair da sigla, independente do tamanho partidário.
A ideia era avançar no interior baiano, além de um apoio forte do candidato que fosse eleito aos prefeitos da legenda e eventuais candidatos em 2020. Marques teve quase 15 mil votos e Raimundo 38.829.
“A política, ela dar muitas voltas. A gente conhece o homem quando tem o poder. Em nenhum outro partido, ele estaria eleito com 38 mil votos. Eu sempre acreditei no projeto que faria um com votação entre 35 e 40 mil votos. A pessoa se elegeu e depois saiu do partido. Eu acho uma deselegância muito grande. Eu, por exemplo, tive 15 mil votos e sou suplente. Se eu não tivesse os 15 mil votos, ele não era eleito. Falta de consideração com os demais companheiros. Foi um projeto sério e a gente esperava, no mínimo, o reconhecimento. Mas eu espero que ele tenha sucesso em sua vida, Eu não desejo mal, não. O tempo é o grande professor da vida”, disse Marques.
Sobre o posicionamento do Patriota, garantiu que o partido seguirá independente.
“Na eleição passada, nós apoiamos o governador Rui Costa. Nossa intenção, acima de tudo, é de fazer um projeto político. Até, então, o governador não chamou a gente para conversar. Não sei qual o sentido do governador, não sei. Mas hoje eu estou preocupado com essa nova frente do Patriota na Bahia e a gente está organizando o nosso partido. Vamos trabalhar em uma linha neutra. Estamos apoiando nossos dirigentes municipais para que eles trabalhem em harmonia, além de um projeto de crescimento da sigla”, finalizou Alexandre Marques.