A queda da oxigenação sanguínea em grandes altitudes durante vôos prolongados pode representar riscos a pacientes pneumopatas ou que se submeteram a procedimentos cirúrgicos pulmonares. No entanto, passageiros livres de patologias também precisam estar atentos a dicas para evitar complicações, tanto pela menor mobilidade durante vôos acima de seis horas, o que aumenta o risco de tromboembolismo venoso (TEV), quanto pela menor concentração de oxigênio no sangue, causando tonturas, náuseas e vômitos.
O alerta é da pneumologista do Hospital Cárdio Pulmonar, Larissa Sadigursky. A especialista diz que pessoas com antecedentes de asma, bronquite crônica, enfisema e doenças císticas pulmonares, sobretudo os que necessitam de oxigenioterapia domiciliar prolongada, devem passar por criteriosa avaliação do médico assistente antes de vôos de longa distância. “Normalmente, nos casos de pacientes submetidos a cirurgias pulmonares, a liberação para embarque só ocorre após sete dias do procedimento e após minuciosa avaliação médica”, explica.
Entre os exames recomendados para afastar possíveis riscos de complicações estão “a avaliação da função respiratória, através de testes de caminhada, da oximetria não invasiva e de exames para aferição da capacidade respiratória, que são considerados fundamentais para que o paciente viaje com segurança”.