A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a veiculação de informações falsas em redes sociais e aplicativos de mensagens – a CPMI das fake news – aprovou nesta quarta-feira (23/10), cerca de 60 requerimentos, quase todos convocando ou convidando pessoas a prestarem depoimento ao colegiado.
Entre os convidados estão a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), até pouco tempo líder do Governo no Congresso, o deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO), ex-líder do PSL na Câmara dos Deputados e o ex-secretário de Governo, General Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Já a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e o atual secretário de Comunicação do Governo Federal, Fábio Wajngarten, foram convocados a comparecer à CPMI, o que torna obrigatórias as presenças deles. A reunião foi a 6ª desde que a CPMI e mais uma vez houve embate entre governo e oposição em torno da forma de aprovação dos requerimentos.
A oposição conseguiu aprovar o comparecimento de Hasselmann e de Waldir. O governo determinar a presença da presidente do PT.
O presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA), confessa que não esperava tanta beligerância e discussão em torno de requerimentos e convites. Ele acredita que na terça-feira (29/10) data da próxima sessão, seja encerrada a fase de convite e convocação, para que se dê início aos trabalhos investigativos da CPMI.
“Todo requerimento que der entrada na CPMI com 48 horas de antecedência em relação à sessão será posto em votação. Pode ser filho, irmão de presidente , pode ser amigo, inimigo, não importa. Conduzo a CPMI sem nenhuma matiz partidária, com total independência, com total isenção, porque o cargo requer isso, o de presidente, você ter isenção na condução dos trabalhos”, garantiu Angelo Coronel, comentando a possibilidade do vereador Carlos Bolsonaro ser convidado ou mesmo convocado a vir à CPMI, já que é ele quem opera as redes sociais do presidente da República.
“O pau que dá em Chico dará em Francisco, porque não estou aqui para partidarizar”, finalizou Coronel.
A CPMI tem uma relação de mais de 100 pessoas entre convocados e convidados, mas nem todos serão necessariamente ouvidos. Os depoimentos são decididos pelo presidente, ouvindo os integrantes da comissão. Para cumprir o prazo final da CPMI, 23 de dezembro, a Comissão passou a se reunir duas vezes na semana, sempre às terças e quartas.